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Showing posts from 2006

e vai, reto sem perdão

Os dias se passavam assim, do hotel para a escola, da escola pra casa, da casa para o hotel. Morava na 504 Sul, em cima da W3 em um conjugado de dois escritórios. O que davam dois quartos, mais um sala, cozinha e banheiro. Em seu quarto, tinham duas janelas grandes, que deixava transparecer as duas pistas, mão e contra-mão, e os carros velozes, buzinantes, com seus passageiros que mais pareciam fantasmas, à noite, por parecerem sempre imóveis e resolutos. Passava horas de lendo um dicionário francês e nomeado cada estrelinhas com o nome que achasse mais chique – claro que garcon tinha sido a primeira; uma de cada vez, de um universo que o Big Ben se dava quando apagava as luzes, eram adesivos fosforescentes. Mas o que mais gostava do seu quarto era o retrato de sua irmã. Que há anos não via, pois tinha ido para o Rio de Janeiro com sua mãe. Um retrato de sua irmã mais nova, ou melhor, um retrato dos dois. Demorou a se reconhecer; com os cabelos lambidos, e olhar puro. Lembrou de uma v

poesias loucas de antigamente (carbono dual)

"na cama eu deito mas não sinto o peito...mas veja só, por sinal, meu destino é ser dual...criando, matando...sorrrindo. bastante ao soluço humilhante...digo cá meu adeus, fique com deus...se deus não existe, não fico triste..amanhece o dia e é isso que eu queria" miguel watson RetaateR A vida passou rápido Saiu de casa à procura O dia já está de pé Balbucio palavras erradas Entornando inteiro o copoem grandes goles A inocência indo embora, morta O paraíso falso de cores A laranja estragada por dentro E a moral se foi a muito tempo Se perdeu em alguma reta oleosa Animal Diga diga, ora, diga Diga diga, ora, pois Diga diga o que sente E pense logo depois Dúvidas Pronto, agora foi O rumo a seguir reduzidos a palvaras que não são as suas Uma negativa iminente Troca de assunto Não te quero dessa forma Ninguém quer As coisas estão em ciclos Ontem... Espelho A dor cotidiana O ciclo do não As atitudes sem razã

Os olhos da clarividência

As suas mãos estavam tão brancas, suas veias pareciam estradas. Passava sua mão esquerda na colcha, que parecia estar tão limpa e branca, mas estranhava por estarem tão lisas, não sofrendo atrito algum. Tentava tocar seu corpo, mas este lhe parecia tão frágil; tinha medo, muito medo. Queria fazer um poema sobre aquele momento, o seu grande momento, deveria se fazer algo estando naquele estado. O que ele ia fazer, dar um suspiro e pronto. Não! Queria dizer as coisas mais bonitas, mais humanas. Ir contra tudo e profanar a cruz. Acendeu a vela que estava do seu lado, apagou as luzes. Nenhum padre iria velá-lo. A vela é egoísta e fraca; na verdade não ilumina o quarto, só a ela mesmo, como todo seu esplendor branco e suas consistência dúbia. Fora de seu centro não havia nada, só a penumbra. Ah! A romântica penumbra, que tanta vez ele quis, ao ficar com uma mulher, para se ver revelada a ele só ao toque, a visão era privada de tal conhecimento. Tinha medo desta penumbra, lhe ocultava mistér

quadros de areia

Havia uma camareira chamada Carmem, que possuía uma bondade infinita, mesmo com as agruras que a vida de pobre a havia submetia. Tinha um olhar condescendente; pronto para a ouvir e dar conselho cristão a todos que por acaso a procurasse. Ela tinha não mais que um metro e meio, cabelos curtos e ondulados acobreados, por alguma tinta barata. Gostava muito de Pingüim, tendo Fausto em alta conta, e o via com um filho; na verdade, via todos como filhos e só queria o bem deles. Ela fora muito bonita, em algum lugar perdido no meio da Natal. Era filha de um servente, seu Paulino, um homem severo, porém correto, que lhe deu uma perfeita educação cristã. Fez seus estudos até a 8º série e teve que parar para ajudar sua mãe na confecção de garrafinhas de areia; que ilustravam temas praianos, como canoas, com pescadores e coqueiros, bem típico nessas cidades em que o mar é o seu fascínio e fonte de renda. Quando estava na praia do Careca vendendo seus artesanatos, um homem, chamado Carlos, a ch

sentimentos espaciais

Quando ele começou a ficar louco? Quando começou a pensar grande demais. Não pensava mais nas paredes de sua casa, nos quadros perdurados tortos. Pensava nos movimentos da estrela e no pó estelar. Ao andar, não queria percorrer um ou dois quilômetros; queria andar em ano-luz. Suas pespectivas das coisas começaram a ficar imensas, impossíveis. O tremor de suas mãos estava por demais forte para que ocultasse. Olá boa tarde, como vai? - lhe perguntavam. Seus olhos iam imediatamente para o canto superior de seus olhos e ficavam suspirando. Dois ou três desses eram necessário para que ele falasse de uma multidão, de um abstrato colossal de movimentos épicos, andando em imensos blocos de granito preto. Vê aquele lago, onde em sua superfície compunha-se toda a realidade ao contrário, meio aquosa? Cada molécula um dia já pertenceu a algo completamente diferente. E os elétrons que brincam de pular corda o tempo inteiro, e dão gritos iluminados - literalmente - de prazer. Com um suspiro também

morte do velho

Quem disse que mendigo é gente. Tinha uma calça co vinho, com manca relativamente grande de água sanitária. E para não lhe correr entre as pernas, usava uma corda. Começou a beber em uma ponta da cidade e foi parar na outra, por sorte não foi parado por nenhum fiscal da lei; ou garis da moralidade, como queira. Andou até as pernas começarem a queimar e assim perdendo o controle sobre elas. Ia passeando por um bairro nobre, de muros altos e verdes, onde a felicidade parecia realmente reinar. A sujeira lado a lado com a afetada limpeza. Viu um sobrado amarelo e logo após a entrada da rua. Nem pensava em entrar, já ia passando para se ver longe do seu oposto. Mas ao atravessar o início da ruela, hesitou e olhou mais para o fundo. E lá, duas casa adiante da amarela um terreno baldio. Sentiu que era seu lugar. Já estava bem tarde, ou cedo; a podridão do álcool em sua mente era insustentável. Tinha que descansar. Balançou a garrafa. Havia ainda mais duas bocas cheias, com as bochechas estufa

tudo que é sólido desmancha no ar

Poema em linha torta Em Brasília eu ando, eu vou reto sem perdão O que me guia é meu coração Trasbordado de emoção Não é a boa não É a angustia que me aflige Doido, tento descobrir o segredo da Esfinge Faceira que é, ela finge Não são mais duas horas, mas quinze Agora ando torto; a linha reta não faz mais sentido Com o cigarro na mão faço um pedido De certo não será atendido No final da rua procuro alento Mas meu único amigo e vento E assim decorre o tempo.

fausto

Estava sentado no lobby de algum hotel cinco estrela em Brasília, não podia se lembrar bem desde de quando esperava ali. Tendo que ouvir o inglês mal falado dos recepcionistas. O último cigarro que tinha, fumou, lógico. Fumar igual a esperar. Odiava hotéis, principalmente, por conhecê-los tão bem; passara boa parte da vida em um. Mas não como viajante, curioso por ver o que lhe espera em cada frigobar. Foi filho de um anônimo garçom, que o levava por não ter com quem deixar o menino. “Fica comportado aí, volto com um refrigerante”. Era uma frase marcante de seu pai: Felipe Corrêa. Enquanto o via como um maioral, o chefe dos garçons – que achava sofisticado por ser “jovem” em francês – seu pai guiava os belos rapazes com seus smokings marfim, talhados de rosas, com seus bigodes de penugem a cobrir a boca. Divertia-se como se tivesse em um balé, quando os via bailar. Exigindo o mais variados pratos, de filet à parmegiana à costelas de carneiro ao molho de hortelã. De vez em quando, ele

O vício sublime

Arrastado, crispado, o corpo se contorce de forma vagarosa e peçonhenta. Os olhos, estranhamente, se ajuntam; pois sobrancelha se fecha, e o epicentro é formado. Não! Não espero nenhuma comoção da sua parte. Sou sublime artista. Não o faço pela ovação, as rosas falsas jogadas de lado, o viril estrondar de uma platéia satisfeita, seus deleites foram agradavelmente servidos. Faço pelo vício. Um milésimo de segundo lá, é o alcano. E o medo que me bate, do meu talento não ser o suficiente. Paro, diante da cena, de tão aterrorizante que é, sinto uma punção, vinda do âmago. Tudo se dá célere, como todo prazer; tem que ser meticulosamente ministrado aos seus fies. Medo, é tudo o que sinto por ela. Medo bom.

o senhor fumante de olhos azuis

O que há de ser então, esse homem fumante de olhos azuis? De começo digo que são pessoas que não irão ser lembradas, e nem servem para isso, por seus nomes - Pedro, Fábio, Fernando -, muito menos seus sobrenomes. Vão ser lembrados apenas como tais: senhor fumante de olhos azuis. Mas não é uma adjetivação que se consegue na puberdade e tão pouco na vida adulta. A trajetória se dá nessas fases da vida - como fumando o primeiro cigarro, já é claro, tendo os olhos azuis -, mas é em seu final que se recebe o tipo. Entre ele e os colegas não se vê diferença alguma, são púberes experimentando o ilícito, a tragada do prazer, que alguns não irão largar nunca. Fumando escondidos com uma mão no bolso da jaqueta e o outro com a cigarrilha entre os dedo, com as maças rosas cabelos cortados no meio e a doce tontura das primeiras tentativa. Já na vida adulta irá fumar por vício, necessidade, sem ter tanto destaque em uma bar cheio de névoa branca acompanhado de alguma bebida. E então; quando é que se

o tesouro secreto que está guardado

Quando a viu já estava fadado a uma luta intensa. Os olhos se cruzaram por alguns véus quase transparente - gelatinosos - de algumas tonalidades brilhantes, se aventurando entre o verde e o azul, dum degrade justíssimo. Ela falou, o chamou, sem mais nem menos, como se fosse a última coisa que faria. Desde de logo se imperou em lugar superior. Ele, duvidoso, exitou, mas sabia o quão em vão era tudo aquilo; e foi avante - ereto meio torto. Ao passar pelo primeiro, cor: azul marinho claro, sentiu leveza ao ver suas roupas desaparecerem; ou melhor dissolverem. Sentiu um frescor tão intenso naquelas partes vindas das masmorras- onde é abafado e quente. Pôs-se então, a correr para o segundo e também penúltimo véu, de uma de um verde bem escuro, como são as esmeraldas , ouso falar até que mais verdes - por que é isso; o que você sente ao ver algo tão verde, verde puro! Deu-lhe um abatimento após esse choque, meio que quase desmaio, quando atinou, abriu os olhos e que viu que estava meio trans

caminho do parque (ao contrário)

Eram seis da tarde, o clima era agradável – um pouco úmido -, por onde andava havia uma vasta vegetação costeira, dando ao ar um frescor ainda maior. Usava um boné, de um posto de gasolina se me lembro bem, com as bochechas coradas, de um vermelho já vivo, de doença mesmo. O cabelo era curto, respeitável, mas na verdade era para esconder os cabelos brancos que já eram muitos; demais para sua vaidade deixar. Seus olhos escondiam uma alegria, mas mal podia se ver; estava tão lá no fundo, Lembrou de seu marido, já falecido, lembrou da agonia do homem que um dia foi seu macho, o que lhe deu as crias – dois meninos. Quando se viu no espelho, nua, como havia envelhecido. O sexo já era nojento, já não havia mais graça; dois corpos desengonçados tentando tirar o prazer de um poço já seco. Afinal, vendo o corpo no caixão, sabia que não teria que fazer aquilo de novo. As saídas, encontros sociais, eram raras. Depois de três ou quatro ficou enjoada, ao ver que era a coitadinha – projeto social da

free as a bird

Tenho me empenhado a seguir em frente nos corredores estreitos; as ombreias de meu paletó arrastam em sua superfície. A escada circular de agruras passou a pouco, e sendo seu hálito puro terrivelmente fresco. Saio, pois, rumo a porta mais acessível, meio bambo, ainda com a atadura dependura na ressecada cara. Sinto um peso enorme sobre os meus olhos, minha visão tem um colorido rubro. Ao falar, vira minha boca o mais seco dos desertos. O céu? O que há de especial nele hoje? Está nublado! Olhe direto para o sol o ficará cego, disse minha mãe para mim aos meus infantis seis anos – π,Π, 3,1415(...). E então, já moço olhei; e como foi detestável! Senti minha fronte se modificar para as mais feias de minhas maneiras, de tão vazio que era. Ao entender isso, deliberadamente, atinou-me um passarinho verde loiro, maneta, em seu vôo torto pelo jardim. E o cacei com os olhos, e me senti simples; e é o que me basta. Leveza. (leia o símbolo)

intederminável/inacabado

estou caindo no abismo, e digo, é uma sensação antes de tudo pavorosa e também esclarecedora. Sinto meu corpo leve e pesado, sinto-me leve ao cair e é com pesar que consigo movimentar meus mebros. com muito esforço pude erguer meus braços e tocar a parede de onde eu despenco, meus braços batem com tanta força, e senti uma dor tão aterroziante, que por muito pouco não perco a razão; minha mão é esfolada tão rápido quanto a velocidade terrível desta queda. mas mediante a isso o siêncio continua retumbante; no entanto, o que mais me assusta não é a queda, são os pensamentos que me passam à cabeça, e a facilidade que as memórias mais aterroziante me assolam. Foi o momento que me senti mais vazio e covarde, pois, é na hora de nossa morte que vemos nossos atos falhos de forma mais límpida; ainda em queda livre pude perceber que a vida se esvai nos intantes em que me aquietei e me pus ante outro e me silenciei, ou no mais quando, pronunciei palavras duras e autóritaria em vão, sabendo que

desonrado

O cavaleiro senta-se nu em uma pedra e chora copiosamente; ao seu lado sua armadura estraçalhada, e as marcas estão lá - feita por aliados-, para provar que aquilo foi realidade e se põe com todo sua força perante ele. A cicatriz está ainda aberta e sangrando, já com sinal de decomposição. Mas o gentil andarilho não liga para a dor física, a honra, seu bem mais precioso, fora tirado, ou melhor tragado de si. A espada lhe dá vergonha. O que é um homem sem sua honra? Um nada, um corpo sem alma. As lágrima brotam de sua fronte de forma compulsiva, soluçada. É o que resta de tudo isso? O devir, e a esperança de em nova batalha recuperar o que lhe foi tirado, sem ter raiva ou ódio em seu coração; pois é isso que consome a alma e tira a vida. E a chuva cai parca em seu rosto já molhado.

things no make sense right here

O vinil começa a rodar, e junto, lá no fundo, o ruído; constante na música. O começo é leve; passa lesto, um raio vindo do céu e indo pro chão. Pense no papel sendo consumido pelo fogo, destruíndo e deixando para trás cinzas, mortes verdes, prematuras. E o que há dentro? Tudo, nada - que respostas clichês, com bem disse o Grande Assis Brasil - em uma noite calma e tranqüila, onde podíamos olhar o céu e não falar nada. No meio é que começam as alternâncias no antes imutável ruído. Essa é uma parte que me toca, no fundo de minhalma. E você está lá, junto com bombinhas e demônios, querida, convivendo lado a lado com eles; e é inspurtável, não? Nossa! o fim já chegou. A ponta, a profecia do livro negro - Armagedão. No final é vagaroso e espesso. Já me sinto nu, no Peru. O ruído , enfim, se finda. No mais só isso. Mas ele voltará, trinta e uma outras vezes mais. A faixa é a última - OUTRO -, mas ela roda para sempre, a agulha não consegue sair de lá; está muito fascinada, com os olhos de
Está tão frio nesse quarto branco. As sirenes e as vozes roucas parecem tomar o ambiente, desselugar já assustador. Olho para a janela e fico a pensar o que as pessoas fazem agora nesse momento. Tento fechar os olhos, para tudo isso passar mais rápido, o sonho não vêm. Abro os olhos; ou melhor semicerros-os. Ficar acordado parecer ser mais interessante. Pronto, abro os olhos por inteiro agora. Se passaram dois minutos e vinte e nove minutos, nesse relógio que está passa mais lerdo que todos os outros. Até o sangue que corre em minhas veias se encontra amolecido. Essas malditas sirenes, juntos com o badalar incessante da solidão. É, acho que minha vez chegou. Agora é que mexo os pés e a cabeça e vou-me para o mundo das rosquinhas e do infinito anunciado.

jedi e o cachorro

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É o Jedi Mennochio, mestre das armas anís e rubras do lado negro da força. Ele perdeu um dos braços na grandes guerras dos Fakesabers. Aqui está ele em uma de suas mais imponentes aparições públicas. Sapinhooooooo

as chuvas

Hoje acordei, e a primeira coisa que vi, pela janela quadriculada, foi uma nuvem cinza. Era de um grafite bem leve. Pois, era como se quando, o preto fora misturado com o branco botaram a menor quantidade que poderiam; mas mesmo esse tantinho havia enegrecido um pouco a outrora coisa tão alva. E disso veio a chuva derramar o passado que o tornara negro e voltar a ser branco e límpido. Preparado para outra pitada de preto, ou quem sabe um copo inteiro, de um negro tão escuro que irá embaçar sua visão até o ponto de cegar, para que possa chorar - choro que vira chuva - e voltar a ver, a ser a página branca pronta para nova mão de tinta.

sofá branco

Mas nada mal eu ser assim, né? As coisas passam tão rápidas e sem sombras, e daí vem os palhacinhos alegres sem bochecha; só para atrpalhar. E enquanto isso, o sol nasce alaranjado atrás da colina. Eu quero pegar o pote de ouro, por detrás do sol; ou é do arco-íris.

povo dos patinhos e os remédios do mal. maléfico

O mundo do patinhos está localizada na Cosntelação Verde-Gama, é o nono planeta e está a 10 anos-luz da sua fonte mantenedora, o Sol Marijú. Por estar a uma distância privilegiada, o planeta recebe ondas ideais de thuris - o oxigênio dos patinhos. O ar é verde, por conter um fino de thuris. O thuris é responsável pelos olhos rubros e meio aberto, boca seca, organismo com baixa taxa de açucar - a famosa L.I, ou Lara -, o que deixa os habitantes em um eterno torpor. As únicas atribulações desses miúdos é a de satisfazer de seus desejos primitivos; comer e dormir, num rotina gostosa. A comida é provida por uvinhas roxas, sem caroço, que caem do céu, jogadas pelo deus Átila, o sábio, que foi um grandre líder Pato, que desbravou o território norte do povo dos patinho, a ilha de Hax, onde hoje fica seu mais importante santuárioEles viviam em paz; e foi quando surgiu em uma região ao sul, quase inóspita aos patinhos, o bando do Castores do Sul. Os castores são da espécie homo sapien neande

das coisas, do tempo

Um dia está lá cristalizado e no outro vira pó; dá medo.

enseada

Queria espairecer, e que lugar melhor para fazê-lo que a imensidão do mar. Contava de sua casa à praia uns cem passos.A noite ia mansa, quase imperceptível, na rua só o barulho de seus pés e o vento praiano - que como criança é indeciso, rumava e soprava para todas as direções, mudando ao seu bel-prazer. No caminho, quase que como miragem, viu em um terreno baldio um cavalo alvo; que por capricho, contrastava com o negro da noite. E a lua era cheia, prata que é reluz; reluzia tanto que dava até sombra a esse notívago inquieto. Mal percebeu que já estava defronte ao seu destino. Deixou os pés nus e entrou na reflexão que daria paz ao seu espeírito. A areia estava fofa, e era com dificuldade e com as pernas arqueadas que transitava praia adentro. Mas não demorou para que a areia se encontra-se úmida e compacta, e assim facilitando a caminhada. A maré era cheia, e a lua estava lá atrás, do lado oposto ao mar, o puxando - e como o mar é obediente só a ela a seguia, e por isso etava tão ava

it's on nigga on and crackin'

[Lord Quasimoto] Today is the shadow of tomorrow Today is the present future of yesterday Yesterday is the shadow of today The darkness of the past is yesterday And the light of the past is yesterday The days of yesterday are all numbered in sum In the world once Because once upon a time there was a yesterday Yesterday belongs to the dead Because the dead belongs to the past The past is yesterday Today is the preview of tomorrow but for me Only for my better and happier point of view My point of view is the thought of a better or try Reality is today of eternity The eternity of yesterday is dead Yesterday is as one The eternity of one is the eternity of the past The past is once upon a time Once upon a time is past The past is yesterday today The past is yesterday today While we're searchin for tomorrow [Madlib] The light of the past is the light which was The wisdom of the past is the light of the past The light of the future is the light which is to be
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modern art is rubbish 

a portrait of the artist as a young man

Quando falam sobre artista em suas biografias em um só momento param de enaltecer seus atríbutos metafísico - o que é a arte se não isso. O pior, e o melhor de ter esse dom (ou chamem do que quiserem), é a incerteza que ele não apareça; aí está o prazer sádico que permeia a sensibilidade. A angústia de estar ali; frente a frente, ao seu papel branco, e não ter nada a falar. As entradas da cabeça já doem, de tantas vez que foram alisadas pelas mãos trêmulas e medrosas. Ela não virá hoje. Ninguém é artista integralmente; não mesmo. E se fosse, seria um tédio; expressar a tão cobiçada metafísica o tempo todo, e perder a física, a que nos faz ser. Olha lá o Darwin coçando a bunda de novo, puta que pariu, não agüento mais esse cara!