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Showing posts from April, 2006

free as a bird

Tenho me empenhado a seguir em frente nos corredores estreitos; as ombreias de meu paletó arrastam em sua superfície. A escada circular de agruras passou a pouco, e sendo seu hálito puro terrivelmente fresco. Saio, pois, rumo a porta mais acessível, meio bambo, ainda com a atadura dependura na ressecada cara. Sinto um peso enorme sobre os meus olhos, minha visão tem um colorido rubro. Ao falar, vira minha boca o mais seco dos desertos. O céu? O que há de especial nele hoje? Está nublado! Olhe direto para o sol o ficará cego, disse minha mãe para mim aos meus infantis seis anos – π,Π, 3,1415(...). E então, já moço olhei; e como foi detestável! Senti minha fronte se modificar para as mais feias de minhas maneiras, de tão vazio que era. Ao entender isso, deliberadamente, atinou-me um passarinho verde loiro, maneta, em seu vôo torto pelo jardim. E o cacei com os olhos, e me senti simples; e é o que me basta. Leveza. (leia o símbolo)

intederminável/inacabado

estou caindo no abismo, e digo, é uma sensação antes de tudo pavorosa e também esclarecedora. Sinto meu corpo leve e pesado, sinto-me leve ao cair e é com pesar que consigo movimentar meus mebros. com muito esforço pude erguer meus braços e tocar a parede de onde eu despenco, meus braços batem com tanta força, e senti uma dor tão aterroziante, que por muito pouco não perco a razão; minha mão é esfolada tão rápido quanto a velocidade terrível desta queda. mas mediante a isso o siêncio continua retumbante; no entanto, o que mais me assusta não é a queda, são os pensamentos que me passam à cabeça, e a facilidade que as memórias mais aterroziante me assolam. Foi o momento que me senti mais vazio e covarde, pois, é na hora de nossa morte que vemos nossos atos falhos de forma mais límpida; ainda em queda livre pude perceber que a vida se esvai nos intantes em que me aquietei e me pus ante outro e me silenciei, ou no mais quando, pronunciei palavras duras e autóritaria em vão, sabendo que

desonrado

O cavaleiro senta-se nu em uma pedra e chora copiosamente; ao seu lado sua armadura estraçalhada, e as marcas estão lá - feita por aliados-, para provar que aquilo foi realidade e se põe com todo sua força perante ele. A cicatriz está ainda aberta e sangrando, já com sinal de decomposição. Mas o gentil andarilho não liga para a dor física, a honra, seu bem mais precioso, fora tirado, ou melhor tragado de si. A espada lhe dá vergonha. O que é um homem sem sua honra? Um nada, um corpo sem alma. As lágrima brotam de sua fronte de forma compulsiva, soluçada. É o que resta de tudo isso? O devir, e a esperança de em nova batalha recuperar o que lhe foi tirado, sem ter raiva ou ódio em seu coração; pois é isso que consome a alma e tira a vida. E a chuva cai parca em seu rosto já molhado.

things no make sense right here

O vinil começa a rodar, e junto, lá no fundo, o ruído; constante na música. O começo é leve; passa lesto, um raio vindo do céu e indo pro chão. Pense no papel sendo consumido pelo fogo, destruíndo e deixando para trás cinzas, mortes verdes, prematuras. E o que há dentro? Tudo, nada - que respostas clichês, com bem disse o Grande Assis Brasil - em uma noite calma e tranqüila, onde podíamos olhar o céu e não falar nada. No meio é que começam as alternâncias no antes imutável ruído. Essa é uma parte que me toca, no fundo de minhalma. E você está lá, junto com bombinhas e demônios, querida, convivendo lado a lado com eles; e é inspurtável, não? Nossa! o fim já chegou. A ponta, a profecia do livro negro - Armagedão. No final é vagaroso e espesso. Já me sinto nu, no Peru. O ruído , enfim, se finda. No mais só isso. Mas ele voltará, trinta e uma outras vezes mais. A faixa é a última - OUTRO -, mas ela roda para sempre, a agulha não consegue sair de lá; está muito fascinada, com os olhos de