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Showing posts from January, 2008

ventiladores

Na comercial da 506 Sul, atrás da padaria, perto de um cotoco de madeira onde os sargentos aposentados jogavam dominó de manhã, perto da árvore nova que oferecia pouca sombra. Restava Teresinha, imóvel, como uma estatua grega, querendo conter o choro em sofrendo com isso. Calculava inúmeras vezes em sua pequena racional cabeça: 1º de janeiro de 2008, menos, 1º janeiro de 1972, igual a ... Não ousava falar. Ricardo era sua ultima oportunidade. Bom com ela, bom rapaz. Já havia começado a pensar em passar o resto da sua vida com ele. Pouco mais de cinqüenta anos. Precisava achar alguém. Alguém bom, como Ricardo que tinha os poucos cabelos muito bem acertados em sua testa de nordestino misturado com paulista. Mantinham as unhas curtas e limpas, sempre. Seus óculos eram limpos ao menos 3 vezes a cada 30 minutos. Tinha os lábios muito agradáveis de beijar e não era muito assanhado. Ele não ia ser o primeiro, mas com certeza iria ser muito bem recebido, pensava ela. Realmente achava que ch

a melhor música do Blur

Out of Time - Blur Wheres the love song to set us free Too many people down, everything turning the wrong way round And I dont know what love will be But if we stop dreaming now, lord know well never clear the clouds And youve been so busy lately That you havent found the time To open up your mind And watch the world spinning gently out of time Feel the sunshine on your face Its in a computer now Gone are the future we way out in space And youve been so busy lately That you havent found the time To open up your mind And watch the world spinning gently out of time And youve been so busy lately That you havent found the time To open up your mind And watch the world spinning gently out of time Tell me Im not dreaming But are we out of time (were) out of time (x4)

São Senhor do Divino

enseada Queria espairecer, e que lugar melhor para fazê-lo que a imensidão do mar. Contava de sua casa à praia uns cem passos.A noite ia mansa, quase imperceptível, na rua só o barulho de seus pés e o vento praiano - que como criança é indeciso, rumava e soprava para todas as direções, mudando ao seu bel-prazer. No caminho, quase que como miragem, viu em um terreno baldio um cavalo alvo; que por capricho, contrastava com o negro da noite. E a lua era cheia, prata que é reluz; reluzia tanto que dava até sombra a esse notívago inquieto. Mal percebeu que já estava defronte ao seu destino. Deixou os pés nus e entrou na reflexão que daria paz ao seu espírito. A areia estava fofa, e era com dificuldade e com as pernas arqueadas que transitava praia adentro. Mas não demorou para que a areia se encontra-se úmida e compacta, e assim facilitando a caminhada. A maré era cheia, e a lua estava lá atrás, do lado oposto ao mar, o puxando - e como o mar é obediente só a ela a seguia, e por isso esta