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Showing posts from October, 2009
Eu gostaria; flores em buquê. Eu nadaria um mar só para te ver. Saudade extrema, sua falta circundando o dia, a noite. Alisando a arma nova, o instinto fascinante daquele objeto preto com pixe, mal como o diabo. Saudade das mulheres que nunca tive. Que hesitei no momento perfeito, interrompi o natural. Dos infinitos olhares trocados, em várias línguas. Vendo peles nunca antes vistas. Em um quarto aveludado, mas cheio de outros seres, em uma nuvem, secreta e alva. A sua face virando idéia, e após alguns anos, conceito; e depois, a infalível pausa vazia, o amor dos viciados. O contentamento abstrato como a elevação de almas. Que circundam o ambiente com risadas conversas de outros mundos. O óbvio sublime sendo repetido nas batidas do seu coração. A cor verde predominante nos cantos, cantando com sereias oceânicas. O amar é tão simples como o ar, invisível e aleatório, como uma pluma. Esquecida entre o armário ou da cama, e ela, a pluma, é empurrada com um tufão de ar, uma cruviana fria

epifania

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Na manhã vindoura, é dourado o sol que ilumina a grama verde. O pés descalços sentem a terra em sua forma mais pura, úmida e fofa. O barulho dos pássaros compõe o que é belo, natural. Não pode olhar em volta, em um giro completo, pois, a grande cidade se encontra longe no oeste. Mas não quer olhar, sequer cogitar a sua volta, seu esperado retorno. Os pais esperam por sua vinda, bolo já feito, agora esperando a temperatura baixa; cobertura de chocolate na panela. A mãe, ereta, passa, de minuto em minuto, a mão por sobre as coxa, analisando, procurando por defeito, falhas. Se espera muito desse jovem, que com os cabelos enegrecidos, tende para a liberdade e o jovial. O carro vermelho o espera, sem tempo para nada, e com um medo indizível do tráfego. O ar é cinza como tudo, as retas revelam um modernismo planejado, uma revolução feita nos manuais. E no meio de tudo isso, um jovem no ápice de sua vida; agora, preste a jogá-la fora por um ordenado e uma sala com vista para o beco. Na manh

iz ac

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A neve batia forte lá fora. Peguei a xícara marrom, ela esfumaçava. Ali, em pé na cozinha, sozinho, senti fundo sua falta. Perambulando pelo mármore congelante. A respiração fica forte, o medo de fantasma ou ladrões estupradores. A televisão é azul, não sente falta do colorido. Dor, miséria humana. Tantas guerras, tanto ódio. Contudo, parece ser bom, acha que és uma pessoa interessada. Polido; tem que ser, para ficar longe desse horror. Em nossa intimidade, te falei coisas. Tantas coisas, nos conhecemos há anos, e tudo, olhado de longe, parece tão bonito. Linda recordação. Escuto musicas, nossas musicas. Me pego bailando, sozinho, perto do banheiro. Acendo a luz, luz forte e amarela. Escuto a sirene lá fora, da selva. Perdi um segundo, e em sete me olhava translúcido no espelho. Em ato automático, prendi o cabelo. Barba me escondida. Está tão frio! O estalar de dedos e constantes, o relógio vaga. A vermelhidão de meus olhos. Ao meu prepúcio perdido. Glória a natureza