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Showing posts from November, 2010
Quando me encontro sozinho, admirando a tela branco, um súbito pensamento triste me passa a cabeça. A noção de estar vivo, infrutífero, sem destino e sem saber para onde olhar. Enquanto todos seguem suas vidas a passos acelerados, fico parado admirando a sujeira que corre para o bueiro, e dali o esgoto. Musgo! Autor de obra exterminada, verme que faz peso na terra. Meu coração parece estar congelado em um cubo de gelo utópico, navegador sem bússola que parte ao encontros das Índias perdidas. O passo lento dos mil relógios que tenho, os olhares dos estranhos que passam por mim deixando apenas seus detalhes. O Céu circunda a todos, aberto como os braços de sua mãe, sempre acolhedor. A brisa gelada penetra por todos os buracos do casaco. A saudade de casa me leva a pensar besteiras, o ócio é a perfeita oficina pra o diabo negro que vive sempre a espreita. A degola está próxima, não importa a sua atitude, o choro vem compulsivamente, lá está ela, ao meu lado, meus dedos acariciam suas pern