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Showing posts from July, 2009

temperança

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Tento escrever algo. A realidade nefasta parece dissolver cada palavras, rechaçar cada avanço meramente ficto. O cotidiano, desprovido de cor, segue martelando sua ditadura à 1984. É quase impossível florear algo sobre o asfalto quente, o calor assola as idéias, retirando a tentativa de sair do meramente descritivo. Há pressa para tudo, mas, no fim do dia, sinto que não fiz o mais importante: viver. As pessoas não existem, são vultos anônimos, que passam por mim com o mesmo descaso que passo por elas, numa reação automática. As relações se baseiam no imprescindível, bom dia, boa tarde, boa noite. A ampulheta escoa a areia e gostaria de escrever algumas linhas sobre ela, das histórias do fundo do mar, dos pés, dos ouriços. Mas há uma sensação de hiperealidade, sinto que olho o mundo numa lupa, tirando todo seu segredo. É ,em um minuto, às 21:03, em que, de novo, me sinto obrigado a reagir, lutar contra a vontade inexorável desse algo que deseja me levar para longe de mim, me tornar má

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leonard cohen - everybody knows Everybody knows that the dice are loaded Everybody rolls with their fingers crossed Everybody knows that the war is over Everybody knows the good guys lost Everybody knows the fight was fixed The poor stay poor, the rich get rich Thats how it goes Everybody knows Everybody knows that the boat is leaking Everybody knows that the captain lied Everybody got this broken feeling Like their father or their dog just died Everybody talking to their pockets Everybody wants a box of chocolates And a long stem rose Everybody knows Everybody knows that you love me baby Everybody knows that you really do Everybody knows that youve been faithful Ah give or take a night or two Everybody knows youve been discreet But there were so many people you just had to meet Without your clothes And everybody knows Everybody knows, everybody knows Thats how it goes Everybody knows Everybody knows, everybody knows Thats how it goes Everybody knows And everybody knows that its now or

on and on and on and on

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Sinto um formigamento leve , meus pés suam, patinam na havaiana branca, agora cor de lama. O torpor, nessa hora da madruga, confunde os olhos, já meio cansados. A ementa, se apresentava. A vida, é um nascer espontâneo. Me deparei de pé, sozinho, como vim ao mundo, olhando no espelho a imagem, a mesma, tantas vezes, mentalmente foi retida. A cópia exata da cópia, e o envelhecer tardio. O corpo já tem marcas da vida. Ô querida! O passatempo do deuses, a admiração, autocomiseração. Não podia conceber a imensidão dos meus pensamentos, desordenados, vagos na calda da noite. Arrependimento? O querer incessante e vicioso, na prata da casa confiei o meu futuro. Nada está claro para mim. Eu vou, claudicante, para a casa, esperando. Hoje, com barba, disforme e frágil, rosto úmido, pele grossa, choro copiosamente. Olhando para o fundo da janela da minha... Passei lentamente a mão em todas as minha cicatrizeis. Me beije em um lugar que ninguém te beijou. Beijei sua bela insígnia. O tempo é infin

enquanto isso, no picadeiro

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Cada passo é em busca da incerteza No horizonte, só a natureza O mundo gira ao avesso, travesso E cada sucesso, apenas um novo recomeço No tropeçar, caí Sem forças para lutar, nem lugar para onde ir A humanidade falhou e jaz vazia Misantropia! O amor indeciso é apenas Narciso O mundo de hoje é um circo

y

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No chão os chicletes amassados são como as estrelas no céu. Dentro da minha cabeça um milhão de perguntas sem respostas, coisas bobas, coisas sérias. A bondade que acho que tenho não é cristã, nem de quaisquer outras religiões disponíveis. Eu penso sobre coisas, coisas que não fazem sentido algum a não ser para mim. Pára, pára só um minuto. Os meus olhos dão a volta no globo ocular, à direita vendo uma criança brincar, e ao seu lado, namorados a se beijar. Simultaneamente, sinto uma inveja dupla; da criança por carregar a pureza nos atos, sem malícia, e dele, que segura a mão dela tão gentilmente, e a beija nos lábios com sua tácita permissão. Não há como evitar! Minha mandíbula rói minha boca, tento esconder tudo atrás da minha educação. Deveriam as pessoas andarem assim tão rápido? Tão rápido, que não posso atingi-la com minhas palavras. Mentira minha se disse que são de minha autoria, de meu próprio punho. Apenas pesco no ar um ou duas coisas, e, mesmo assim, só quando sou humilde o

cartas9unilateral

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Certamente, ele nunca falou essa língua, aos poucos, em pequenos goles, ia se aprofundando do algo que ele temia. Saber aquelas coisas, em sua profundidade mais pérfida, era uma insanidade declarada: ”Só você sabe da minha voz na timidez. O frio congelou o palpite, e só restou o céu estampado. Para meu desagrado, tu sabe. Gostaria a de vê-la. Mesmo sabendo justamente como me ferir. Rir da vida mais uma vez. Não consigo com a sobriedade. Simples. Quero nu. A rua espera por uma resposta. Sempre o não, que em nada ajuda. O rádio toca a nossa musica. Veja só, que tolices nos dois, brigarmos tanto assim. O amor não se maltrata não. Olhando as pequenas coisas, o sucesso falso que vai em vão. Apenas uma risada em um rio de choro. Rolo por sobre as coisas. “ Em seu paletó a morte sem sorte sem corte, permaneceu humilde, em sua disciplina miltar. No galope marcial do alazão. Com cara de cão às 04:23. Olho de shiva.shi.va