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Hei, posa para mim!

Das pequenas ruas por onde ele entrava, palpitante, suado. Sempre com os bolsos cheios de coisas. Fazia um noite fria. E ele, como sempre, sem os agasalhos necessários. Pensando na garota errada na hora certa. Dizendo muito sem receber nada em volta. Tenho muita vergonha de saber o que eu sei sobre você. Não obstaria de voltar, a fazer tudo novamente, mas que fosse apenas eu. Gostaria de ser alguém melhor, quem sabe em outra época. Naquele tempo, o que sempre imaginei em meus sonhos mais secretos, você me deixaria do mesmo jeito. Mas calma, não tem problema. Nunca me vi bebendo água por isso. A rua amarga me chama novamente, não sei mais viver sem pronunciar seu nome na calada da noite, sozinho e embriagado. O teu cheiro de manhã. A uva passou, não haveria de estar na fruteira da nossa casa.
As meninas que vi brincar estavam no parque, balançando no balanço vermelho, a suave ventania cortava o penteado, caprichosamente, feito pela mão maternal. As pequenas coisas, gritadas no telefone, quando desligava. Eu te traí. Eu nunca pude te dizer. Um instante. A mula está claudicando. E de novo acontece, o raio atingiu a mesma pessoa. Escolheu ao acaso. Eu fui atingido por um raio 7 vezes, e toda minha angustia, dor, solidão, amargor e loucura todos os dias me fazer acordar, e lembrar o quão bittersweet é a vida.

Não gostaria, nem por um minuto, ser alguém. Quero permanecer obscuros, nas vias escuras das vidas das pessoas. Apenas um sombra no turbilhões de seres humanos. Em um mundo como Castália, poderia ser um professor de questionamento irracional, fumo do haxixe, destreza na arte de enrolar uma cigarrilha. Mas não daria certo. Na sou um santo, pelo contrário. Um capeta 666 cheio de artimanhas e maracutaias. O fumo permanece em minha mente como cola de sapateiro. O sinal do trem verde me chama. Meu maior medo é o de brincar e não poder voltar mais. A minha curta e necessária sobriedade. Que de fatos não é muito agradável.

Seu antepassado, como conta seu diário, foi membro ativo na Sabinagem, e morreu com verme na boca, atirando para o alto e ninguém.. Os olhos vidrados gostariam de refletir a lama dos fantasmas que circundam a tua áurea, podre e cheia de remorso. Eu vou rir da sua dor e comiseração. Faço pouco disso. Eu quero te ver vomitar todos teus modos e maneiras, e me amar como bicho. Na madruga, escondido. Ao todo, o ano sol vem por aí. Ademais, toda vida vale a pena ser conhecida. Paciência, Hermione. Vamos nos encontrar em breve em Buenos Aires, às sete e treze. Estarei de calça cinza, tee branca, bigode e barbicha de cabelos raspados, bonito, por que o tempo me fez bem.

Um retrato teu que guardei, toma, é seu! Somos livres, quando encher da minha cara, vai embora. Antes que fique feia e gorda. Segue destino. Vamos! Se ao menos você soubesse. Das tuas coisas favoritas, das minhas coisas favoritas em você Que te deixam especial. Nosso amor de verão.Lembre-se sempre disso: A thing of beauty is a joy forever. Qual é o seu livro favorito? Boris Vian, L’ecume des jours.

Dos nossos abraços infinitos. Da sua vida lá, dos universos paralelos, da batidas incessante na minha cabeça. Estou perdendo a sanidade aos poucos, devagar, planejando um suicídio perfeito. Sem dor, sem dor. Diga que vai, que, infelizmente, vai. O seu nome, junto com meu nome. Suas tatuagens, junto com as minhas. O seu, o meu, o nosso. Que eu meu e seu, se quiseres um dias que serei total e inteiramente seu. Queres? Viveremos em um balão europeu, o seu no meu. Gostaria de te dizer…etaa