Era dezembro, o comecinho do mês. A época das mangas. Eu passava de carro pelas ruas da cidade sem a menor pretensão, no meu mundo com ar condicionado, mofo de cigarro e a música na maior das alturas. Tenho tudo que preciso no meu carro. Paletó, camisa branca e gravata preta extra. Uma 9mm e um Colt .45, ambas com o tambor cheio e mais 25 balas extras. Pode se ver que sou um cara prevenido. Dentro do passeio público pessoas vindas de não si onde catam as mangas que caem. Uma fartura, famílias inteira cooperando em busca da melhor fruta de todas. Aquele que você crava os dentes sem medo de caroços ou pouca polpa. É tudo seu, engula essa refrescância, se lambuze todo. Tive que sair do me casulo. Parei no acostamento, liguei o pisca alerta. Deixei o blazer e a gravata no carro e botei a pistola menor na meia. Atravessei a rua e me deparei com uma pequena floresta urbana. Vendo de perto as árvores eram muito maiores que no vidro fume do m eu carro. Vi que seria uma tarefa impossível e...