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Showing posts from March, 2012

kinder

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A juventude transborda para fora dos limites do estabelecimento. O vento tem um cheiro de suor e sangue. O café é forte e desce amargo. O barulho da rua te chama para te devorar. As faces são um mosaico da esquizofrenia, o mundo partilhado e codificado. Sente-se apenas seguindo um velho curral de madeira, passando com a boiada por mais um giro na engrenagem. Com a gravata como gargalheira, conversamos, amamos, damos cria, rimos e por fim morremos. Então, a juventude tem que transbordar os grilhões e seguir para o espaço cibernético sideral, longe da terra, longe do chão.  As florestas como cigarros fumados até o toco, o cheiro nefasto da bituca jogada; poluída, nociva. O vômito da humanidade obesa sendo despejado nesse rio límpido, onde antes, habitavam botos e sereias. Com a incrível capacidade intelectual, racionaliza tudo, transforma vidas em pedaço de papel, palavras descritivas para descrever fenômenos indescritíveis; vã filosofia, vã metalinguagem. As palav

brigas

veja só Que tolice nós dois Brigarmos tanto assim Se depois Vamos nós a sorrir Trocar de bem no fim Para que maltratarmos o amor O amor não se maltrata não Para que se essa gente o que quer É ver nossa separação Brigo eu Você briga também Por coisas tão banais E o amor Em momentos assim Morre um pouquinho mais E ao morrer então é que se vê Que quem morreu fui eu e foi você Pois sem amor Estamos sós Morremos nós