luto
Brasília, 19 de março de 2008 À minha avó Elza, Desde sempre você foi parte de minha vida. Minha mãe me falava que em sonho tu já tinhas me visto, correndo com meus cachinhos dourados para junto de meus pais. Meu pai que até então não sabia se poderia ter filhos ficou maravilhado com essa possibilidade e que lendo sua carta motivou-se para profecia se concretizar. Foi aí que nossa história começou. Sempre que ia te visitar, no meio de toda agitação da casa, você sempre dava um jeito de me chamar de lado, pedir para sentar-me junto a ti para que pudesse me ver, e olhava dentro dos meus olhos, e dentro dos teus eu achava amor infinito. Alisava meu cabelo, sempre com um sorriso bondoso que seria impossível diminuí-lo em palavras, e me enchia de beijos de tal forma que me inflava de vida. Queria me falar sobre as coisas da vida; algumas talvez tenha apreendido, outras tantas ainda levarei muito tempo para compreender o seu completo significado, que por detrás das suas mãos a...