Descanse em paz!


Claudio,

Seu semblante ainda permanece em minhas pálpebras. Tua voz pouca, alma humilde e coração bom. Excelente jogador, sempre certeiro na bola, obediente taticamente. Zagueiro duro! Nos escanteios, alçava até o quinto andar; e como um beija-flor, fazia o tento. Tão jovem, tão cedo se foi! O ditado popular se aplica nesse caso com exatidão; para morrer basta estar vivo. E é vívido a forma com que gostaria de guardar em minhas lembranças a sua presença. Muita força para os teus entes queridos. Que recebam toda a força dos que tiveram a sorte de conhecê-lo. Dentro e fora de campo. O Real Terapia esta de luto até segunda ordem. E sugiro que joguemos todos de preto – uma equipe com a camisa, a outra, com os calções. Meus sinceros pêsames. Cláudio 90. Nunca será esquecido.

O tempo resoluto. Os olhos olhando. As nuvens passando. Os segundos, milimetricamente cronometrado. Respeito o cheiro da vergonha, da falta de tato que insiste em romper as linhas do ridículo. Como um palhaço com a  maquiagem, aflijo com  piadas sem graça a plateia cansada do mesmo. O coração partido em listras de zebras. Ninguém realmente escuta o choro contido do poetinha, que, nesse mundo de tantos caracteres, persevera em falar demagogia para a população. De verdade, o peito está cansado de chegar em segundo, terceiro ou quarto. O peso é leve e infinito ao mesmo tempo. Acho que sou o único a desvendá-lo, sou o único a possuir. As palavras ditas em vão, para àqueles que o toma por idiota. Me falaram que eu parecia um pistoleiro, olhar vingativo e com rastro de sangue. Mas, nada! Ele é uma cobra que não pica ou tem veneno. Recolhe as cinzas da tristeza, para acordar para a próxima alvorada. Não menos previsível. Gostaria de não saber, de pensar... Mas sei que um dia a ignorância do meu saber irá me libertar. Para lugares nunca antes vistos, peles nunca antes vistas, poemas nunca antes escritos. Repetindo o que vem a seguir, tento sair do óbvio. Isso é pessoal! Tirem as crianças da sala. Bora! Quero ver! Até onde vaia atola a consciência. Seria mesmo feliz. Andando de um lado para outro a procura do próximo verão. Sabe da exatidão que tem nas mão, mas a pena sempre volta para assolar. A minha verdade, aquela que conta, aquela que de longe, sempre quis saber. Se sim ou não. Tudo gira em torna da aprovação. 

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