morte do velho
Quem disse que mendigo é gente. Tinha uma calça co vinho, com manca relativamente grande de água sanitária. E para não lhe correr entre as pernas, usava uma corda. Começou a beber em uma ponta da cidade e foi parar na outra, por sorte não foi parado por nenhum fiscal da lei; ou garis da moralidade, como queira. Andou até as pernas começarem a queimar e assim perdendo o controle sobre elas. Ia passeando por um bairro nobre, de muros altos e verdes, onde a felicidade parecia realmente reinar. A sujeira lado a lado com a afetada limpeza. Viu um sobrado amarelo e logo após a entrada da rua. Nem pensava em entrar, já ia passando para se ver longe do seu oposto. Mas ao atravessar o início da ruela, hesitou e olhou mais para o fundo. E lá, duas casa adiante da amarela um terreno baldio. Sentiu que era seu lugar. Já estava bem tarde, ou cedo; a podridão do álcool em sua mente era insustentável. Tinha que descansar. Balançou a garrafa. Havia ainda mais duas bocas cheias, com as bochechas estufa...