E por essas veias, que olhava enquanto batia em cada letra no teclado. Um “p”, depois um “e” e assim por diante. Será que algum dia aquela seqüência de barulho ia fazer algum sentido. Ele escrevia para se aliviar, pois o sangue estava fervendo lá dentro, mas depois pensava nas pessoas, se entenderiam as palavras que ele escolhera, as metáforas. No trecho que estava trabalhando circulou algumas palavras, as que não serviam; eram muitas, não exprimiam o que ele realmente gostaria de dizer, e se tivesse a preguiça de não fazer isso, como poderia se justificar perante ele mesmo. Usar palavras imprecisas. E olhava no dicionário, procurando sinônimos. Seus olhos fixos no papel, que estava mais branco que preto, e significava mais nada que alguma coisa. Não vai fazer diferença algum. E continuava a escrever. “E” depois “n”. Tlec, Tlec, espaço, vírgula e ponto e vírgula. Enquanto mamãe me botava o pijama, e penteava meus cabelos, olhava não para os meus olhos, mas para minha testa; e ela ...