Por incrível que pareça, ela não pode parar de pensar. O cabelo modelando o granito com suas curvas sinuosas. As pílulas que tomou para satisfazer um desejo estúpido de finitude, os padrões se repetindo como cores da televisão. Sente-se constantemente perdido no turbilhão de momentos. As pessoas não estão tão próximas, apegadas fisicamente a sua memoria como ser humano. A visão compartilhada por recadinhos e fotos. Ela critica mais faz parte de tudo isso. Não pode mais sair, expandir nos jardins imaculados de seu jardim. Hoje, a chuva tomba como saliva, gravidade se fazendo presente como o rabo do vento que passou do sul. As estrelas pregadas em seu teto, homenageiam o seu signo> virgem. A cama está bagunçada, dormida. Necessita ser esquentada, mimada como mamífera que é. Os passos bêbados de ontem a noite, mentiras e álibis, condenam os relacionamentos vazios. Namoradas, patéticas. A blasfêmia do amor; desse jeito, cortou os cabelos para encurtá-los, muda-los de forma e simetria. Os lábios, curvos e carnudos, inundam as criações do assassino que a ama. Idolatra o senso feminino, terceiro olhos, capaz de sentir o sangue molhado em sua testa. Lamber a pólvora de seus dedos, e como uma gata, limpá-lo para a sanidade, paz absoluta da consciência. Um alô para o Nenem. Às vezes pensava no parto, gerir uma vida, odiar e amar um ser que é seu, é você. Os pincéis dos paraíso pintam um cenário perfeito. Lua clara prateada. Divaga, apaga a luz, fica nua, tira os olhos, mostra o seio. Passa a mão no rosto, tira toda a maquiagem, puxa o cabelo tão forte, se cospe, baba com a língua pra fora. Quer gritar; não pode. Rosna em silêncio batendo forte em seu ventre. Se sente bicho, rola de uma lado para o outro, sem motivo aparente. Não vão ganhar, tirar sua alma e cometer um estupro. Os verbos perduram no tempo, se você chora ontem, escreve o poema verídico. Sem a noção de tempo, o cristo verde, olha, plana, flana, sobre os fantasmas do passado. Freak! É carnaval! Vem cá palhacinhuuu. Sapinho, Ponto de exclamação é rir da própria piada?
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Hei, posa para mim! Das pequenas ruas por onde ele entrava, palpitante, suado. Sempre com os bolsos cheios de coisas. Fazia um noite fria. E ele, como sempre, sem os agasalhos necessários. Pensando na garota errada na hora certa. Dizendo muito sem receber nada em volta. Tenho muita vergonha de saber o que eu sei sobre você. Não obstaria de voltar, a fazer tudo novamente, mas que fosse apenas eu. Gostaria de ser alguém melhor, quem sabe em outra época. Naquele tempo, o que sempre imaginei em meus sonhos mais secretos, você me deixaria do mesmo jeito. Mas calma, não tem problema. Nunca me vi bebendo água por isso. A rua amarga me chama novamente, não sei mais viver sem pronunciar seu nome na calada da noite, sozinho e embriagado. O teu cheiro de manhã. A uva passou, não haveria de estar na fruteira da nossa casa. As meninas que vi brincar estavam no parque, balançando no balanço vermelho, a suave ventania cortava o penteado, caprichosamente, feito pela mão maternal. As pequenas coisas, g...
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