D esconfio de quem está feliz no raiar do dia. Moro em uma província, longe da igreja, portanto, tenho que colocar meu galo para despertar as oito; depois de ter dormido pouco mais de 4 horas. No meu sonho estou dirigindo uma Harley Davidson, e tenho em volta de minha cintura as mãos da Jennifer Connely, me apertando contra o seu corpo, e toca bem alto Born to be wild ; mó agito! E de repente a música se transforma em um barulhinho repetitivo, lá longe, que vai se aproximando até não existir mais nada. Tchau Jenni, motoca massa, Steppenwolf. Na dificuldade de abrir os olhos, por causa de remela, solto qualquer barulho gutural me viro para a direita, e estalo: cabeça – de um lado para o outro, dedos, clavícula, e por último – e não menos importante – os dedos dos pés, ah, que sublime sensação. Levanto-me então e vai, vai, vai a coluna inteira. Um banho quente, passar 5 minutos na cama, imaginando que aquilo tudo não existe e que logo a Jenni vai sussurrar palavras doces para você. Entro...