as cartas secretas de Vanderlei Tomás. ( 1925-1956)
À Angélica,
As asas de minha primeira concubina.
O quanto eu não chorei pelos outros!
Seguindo meus próprios passos tortos;
No meio dessa zoeira
E da minha tremedeira; desculpa
Eu encontrei você, eu finalmente encontrei você
Dama da areia, a mais linda sereia. Lindo é teu mar!
Que com sardas e queixo
Fez-me querer o teu beijo
Sem pudor e com desejo
Eu te amei
E o teu calcanhar
Que em breve vai alçar
Um vôo para longe de mim
És minha, querida, sem fim!
Adeus.
Vanderlei Tomás
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