s p leen eu atm

Então olhe! As questões sendo postas uma após a outra. Você não concorda com muitas delas, mas paulatinamente, vai achando que elas são verdades imutáveis. Pobre daqueles que não mudam. Ao olhar os olhos daquele que sofre, se tem pena. Leia como um romance, de forma tácita, sem querer. Diga, só mais uma vez, que quando ainda criança você abraçou alguém por medo. Eu gostaria muito de ser esse alguém. Medo de não ter ninguém para se apegar, estar lado a lado com a solidão. Ela e você.
Dos naufrágios que foram meus amores, posso dizer, eu me arrependo. Sim, de ter sido egoísta e arrogante. Espero que um dia eu possa ser contente com alguém, no momento certo, na hora exata, no perfect timing. Sem olhar os pequenos defeitos. Um sorriso seu faz com que o splenn ir embora.

A reminiscência do peso que carregas na costas, quase não agüenta, que ser Jesus cristo. Ele realmente existiu? No silencio de minha racionalidade, vejo tudo cruelmente claro. A luz seca minha lagrima, pareço nunca estar chorando. Onde esta Deus para que eu possa me apoiar? Não acredito!. Me recuso a viver assim tão fácil. Como se meus passo, meus atos fossem, paternalmente, vigiado, onde, na data da minha morte, iria receber meus tapas na bunda. Por isso nunca tive medo de morrer, pelo contrario, sempre procurei, incessante, a morte. Queria fechar meus olhos para nunca mais acordar.

Nesse mundo em que vivo; ele não é meu. Sinto uma vontade de correr para fora dele; mas estou preso a ele. A cada morte, a cada passo, sinto a vida se esvair de mim, desperdiçando todo o brilho do meu olhar. O caos não gosta desse criatura. Renegou-lhe amor. Pediu uma luz no final do túnel para na tarde cinza, se perdoar, de joelhos machucados. Eu te perdoou e amo. Meus braços estão abertos como o céu para te receber. Barbara, pede alguma coisa para o Céu.

A sua alma vai sobreviver ao caos. A sua alma vai sobreviver sem Deus.

Abra seu coração. Página um, capitulo um. Se você me deixar, você não vai se arrepender, você não vai querer. Escrevendo por horas, pedidos de ajuda, ensaios, romances inteiros. Voando em meus sonhos alados, posso imaginar o fundo do mar. E você me matando, me dando um tiro pelas costas. Não pude virar para saber se realmente era você. Mas quero que saiba. Morri chorando, dizendo que te amava mais que tudo.

A sua foto deveria estar no dicionário, na definição de bela. Estou alto, de longe, te olhando. O tempo te fez bem. Meu pai, eu fiz de novo. E eu faria de novo. O tempo parou, e depois passou, e não vejo as nuvens da janelas, da mesma forma, que não te vejo mais em minha vida. Me vendo no espelho gostaria de ver seu reflexo e beijá-lo. Eu já fiz uma vez. Por favor, não me faça fazer de novo.

Você foi meu primeiro amor. Musica me faz sentir tão bem de manhã, sem problemas, apenas dizendo: te amo. Venha dizer que a vida se foi sem querer. Das milhões de pílulas que eu tomo agora, quase todas, tem sua face, sua tara. Das pequenas coisas que não consigo esquecer. Os cílios se tocam como amantes e confidentes. Você nunca me deixou para baixo, e me faz sentir tão bem de manha cedinho. Existem tempo que você me deixa solto. Barbara.

"Devemos andar sempre bêbados. Tudo se resume nisto: é a única solução. Para não sentires o tremendo fardo do Tempo que te despedaça os ombros e te verga para a terra, deves embriagar-te sem cessar. Mas com quê? Com vinho, com poesia ou com virtude, a teu gosto. Mas embriaga-te. E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas duma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunta-lhes que horas são:
«São horas de te embriagares! Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem cessar! Com vinho, com poesia, ou com virtude, a teu gosto.»

Charles Baudelaire, "O Spleen de Paris"

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