as minhas notas do subterrâneo
Ninguém me conhece, ninguém mesmo. Acho que dentro de mim tem um líquido preto e viscoso, tipo pixe, e de onde saem as maiores atrocidades do mundo. Gosto de ser mal, frio e calculista, mentiroso e manipulador, também; toda vez que faço uma vileza pego uma unha grande e me arranho. Minha maldade é aquela tortura mental, nada saudável, que tem que ser meticulosamente articulada para causar a maior dor possível, donde depois, o louco fica no canto encantado com a ferida que produziu e tirando dali um prazer sexual. Mas não em entendam mal, eu não seria capaz de fazer nada a ninguém - não deliberadamente -, os alvos das minhas artes são a mim mesmo. E como sou um carrasco impiedoso, diferindo golpe a golpe de maneira sofrida e lenta; mas eu gosto, não queria, mas gosto.
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same here, brow