desonrado

O cavaleiro senta-se nu em uma pedra e chora copiosamente; ao seu lado sua armadura estraçalhada, e as marcas estão lá - feita por aliados-, para provar que aquilo foi realidade e se põe com todo sua força perante ele. A cicatriz está ainda aberta e sangrando, já com sinal de decomposição. Mas o gentil andarilho não liga para a dor física, a honra, seu bem mais precioso, fora tirado, ou melhor tragado de si. A espada lhe dá vergonha. O que é um homem sem sua honra? Um nada, um corpo sem alma. As lágrima brotam de sua fronte de forma compulsiva, soluçada. É o que resta de tudo isso? O devir, e a esperança de em nova batalha recuperar o que lhe foi tirado, sem ter raiva ou ódio em seu coração; pois é isso que consome a alma e tira a vida. E a chuva cai parca em seu rosto já molhado.

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