free as a bird

Tenho me empenhado a seguir em frente nos corredores estreitos; as ombreias de meu paletó arrastam em sua superfície. A escada circular de agruras passou a pouco, e sendo seu hálito puro terrivelmente fresco. Saio, pois, rumo a porta mais acessível, meio bambo, ainda com a atadura dependura na ressecada cara. Sinto um peso enorme sobre os meus olhos, minha visão tem um colorido rubro. Ao falar, vira minha boca o mais seco dos desertos. O céu? O que há de especial nele hoje? Está nublado! Olhe direto para o sol o ficará cego, disse minha mãe para mim aos meus infantis seis anos – π,Π, 3,1415(...). E então, já moço olhei; e como foi detestável! Senti minha fronte se modificar para as mais feias de minhas maneiras, de tão vazio que era. Ao entender isso, deliberadamente, atinou-me um passarinho verde loiro, maneta, em seu vôo torto pelo jardim. E o cacei com os olhos, e me senti simples; e é o que me basta. Leveza.



(leia o símbolo)

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