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Showing posts from May, 2007
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à júlia

“ O repuxo, a velha nogueira, seu violino e o mar ao longe, o mar Báltico, cujos sonhos de verão ele podia escutar durante as férias - essas eram as coisas que ele amava, das quais se cercava e entre as quais se desenrolara sua vida interior; coisas cujo os nomes figuram bem em versos e que de fato voltavam sempre a ressoar nos verso que Tonio Kröger às vezes compunha. O fato de possuir um caderno de versos que ele mesmo havia escrito à tona por sua própria culpa e prejudicou-o bastante perante seus colegas e também perante os professores. Por um lado parecia o filho do cônsul Kröger que se escandalizar com isso era estúpido e mesquinho, e por isso desprezava tanto os colegas como os professores, que a falta de maneiras, além do mais, o repugnava e cujas fraquezas pessoais ele descobria com rara perspicácia. Mas, por outro lado, ele mesmo se sentia que fazer versos era algo extravagante e, para dizer a verdade, inconveniente, e era forçado a dar alguma razão a todos que considera

já tá engatinhando

o blog de Bassáltamo completa 2 anos.

tava tudo ali no clube da esquina

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Milton Nascimento e Alaíde Costa - Me deixa em paz Se você não me queria Não devia me procurar Não devia me iludir Nem deixar eu me apaixonar Se você não me queria Não devia me procurar Não devia me iludir Nem deixar eu me apaixonar Evitar a dor É impossível Evitar esse amor É muito mais Você arruinou a minha vida Me deixa em paz Se você não me queria Não devia me procurar Não devia me iludir Nem deixar eu me apaixonar Não devia me iludir Nem deixar eu me apaixonar

Abraxás

Nunca nem olhou no dicionário para saber se o que Sinclair falava era verdade, aquilo apenas fazia sentido; aliás, todo. O Deus Abraxás. Era tão fácil percebê-lo. Quando se olha para um gramado verdes, com as flores de aromas mais diversos. Tudo ao se olhar parece sereno e perfeitamente postado ali e para desenvolver aquela determinada missão. As árvores balançavam e suas copas se deixam jogar no sopro do vento. Os passarinhos em trio fazendo acrobacias e cantando: "Piuu -u – oooo- piuuu". E um palpitar no coração dispara um raio que vai para o pé e chutado de volta para os lábios. E lentamente um sorriso vai se abrindo.E canta, acompanhado a melodia dos pássaros "Sem ar, sem peso para carregar!" - sentiu uma vontade de sentar de pernas cruzadas como já não fazia em duas décadas. Isso é o ditoso, bom. Mas e quando o dedo do assassino escorrega para o gatilho, lento, para tirar o máximo proveito. Fausto o faz pelo prazer; cerra um pouco os dentes e senti sempre gotí

hermafrodita

O arrepio vem de todo lugar. A cama é rosa, a cama também, e os lençóis. Ainda está de dia e a cortina deixa passar o sol morto das cinco da tarde. Ela tirou apenas a camisa, para facilitar para mim que estava muito nervoso. Apenas passava a mão em sua barriga, forte, agarrava e apertava a camisa e deixava-a muito amassada. Minha mão ia contra o tecido e sentia sua quentura, sua umidade; mas não tirava nada - parecia mais um cachorro enquanto core para um carro, latindo feroz; quando este pára, se vê confuso. Ela botou a mão em meu peito, fazendo um carinho e me afastou, ou melhor, se afastou; e quando fui como um animal ele me parou, me afastou. Olhou no fundo dos meus olhos e abaixou a cabeça, e seguiram seus cabelos que obedientes caíram também. Ficava fazendo biquinho enquanto abria a porta para o paraíso. Era moreno e tinha a barba por fazer. Precisava dele em mim. E enquanto beijava meu peito mordiscando eu me tocava de modo brutal. Sua mão ia como uma caneta rabiscando-me to

nada a dizer

Seguindo o post de uma amiga revelarei a todos as minhas pequenas manias, envergonhado e o fazendo pelo simples fato de mostrar-me, e repito, ainda sim envergonhado. 1 - Andar em linha reta quando estou tonto. Não sei o que me dá. Bebo e fico um bêbado confesso, e ao sair do bar me envergonho diante da luz do amanhecer. Defrontar e ter que socializar com pessoas já dormidas, parecem que naturalamnte tem uma vantagem sobre nós, os vampiros, andarilhos da noite. Ao andar reto ando torto e vice-versa. Motivo de piada durante toda minha vida. Meu apelido de escola: Zig Zag. 2 - Deixar de alertar quanto baguilhas aberta e sujeiras, tanto na boca quanto no rosto. Não falo; pode estar indo encontrar a mulher com a camisa manchada de batom lilás, que eu não falo. 3 - Mastigar com um prazer sexual qualquer tipo de plástico. 4 - Nunca me deito com uma mulher antes de lhe beijar a testa, como em sinal de respeito. Depois disso sou um devasso, libertino. O que não me pede rindo que eu não faço c

http://www.myspace.com/thedubness

the candle light session - the dubness banda qual bassáltamo é integrante. http://www.myspace.com/thedubness

Hessing

(Bassáltamo bend over; just like when you are standing in the presence of a king) "Experimentava a necessidade de pensar com alma sobre meu problema e buscar uma saída no dia seguinte; mas nada pude fazer. Passei o resto da tarde entregue a tarefa de acostumar-me com o novo ambiente do meu quarto. O relógio grande, a mesa, a Bíblia e o espelho, as estantes cheias de livros e os quadros da parede me pareciam dar-me as despedidas. Tive de presenciar, com o coração gelado, como se precipitava no passada e se desligava de mim todo aquele mundo, toda minha existência anterior, ditosa e boa, ao passo que já me sentia preso dentro de outro universo obscuro e ignorado, com novas raízes que me aderiam a ele e absorvia sua seia venenosa. Pela primeira vez saboreei a morte . Pois a morte é nascimento, é angústia e medo ante uma renovação aterradora. e fecha aspas Demian - Herman Hesse quem sabe um dia...

na santa paz. na paz preta e calada.

Não foi quando seu cachorrinho se foi, nem quando a vovó dormiu para nunca mais levantar. - Ela ta com papai do céu, meu filho. Tá em paz. – dizia papai. Quando foi exatamente que isso aconteceu? Nos desenho nunca se releva o real valor da morte; lá é feito de forma caricatural. Olha a alma indo com a auréola alvíssima com os olhos bondosos para junto de..., dele mesmo. Mas o desenho acaba aí, os créditos rolando e sem explicação. Mas quando menos se espera está mais interessado no próximo. Uma vez, corria de bicicleta por entre os prédios; domingo de sol, agradável. As luzes faziam as cores saltaram aos olhos. O vento corria pelas cochas, os cabelos e mãos suadas. Mas pedalar é um esforço mínimo, se esquece vendo o céu aberto, um azul lindo, combinando mais do que o usual com a nuvem. Aqui dá para se ver tudo. Vê uma coisa, cor cinza de sei lá o que. Uma cor meio morna. Decidiu; vou passar por cima – a decisão foi feita em milésimos. A bicicleta não passou por cima; quer dizer

150º post do Frank!

Deputado Acordou e às seis e meia, esfregou os olhos olhou o relógio. Seis e meia e quatro segundos. O começo do pior dia de sua vida. Por 145 à 98 e outras tantas abstinências, fora cassado de sua legislatura. O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados havia entregado o dossiê e no mesmo dia foi julgado. Assessores, chefe de gabinete, escriturário, todos acompanhando com um frio na barriga. Eles ouvindo na rádio interna, que percorria todo o prédio; e ele, o Deputado João Pássaro Branco, de Natal do grande Estado do Rio Grande do Norte, de em seu gabinete, só, com as duas mãos postadas sobre a grande mesa de mogno escuro, com seu discurso meio que pronto, com aquelas palavras escolhida no Aurélio. Sentia que lá no fundo queria chorar; sentiu até um nó na garganta; seu imenso ego não permitiu. Assim como não permitiu ouvir aos seus assessores - Não vamos exagerar no extra, senhor, a Fazenda e aqueles malditos delegados estão de olho.Vamos acrescentar esse bônus natalino no projeto do